quinta-feira, 27 de novembro de 2014

''Tranquilo consigo''

 ''Tranquilo consigo''

Hoje eu enxergo a vida de uma outra forma.
A mente esta mais tranquila em relação a ciúmes,
 ao meu modo de olhar pessoas.
É claro, ninguém é de ferro quando acontece
algumas situações, mas me sinto maduro em relação ao mundo.
Tenho  meus medos e receios e estou conseguindo caminhar com eles,
mas calmamente.
É claro ninguém é de ferro.
                       

Gustavo Henrique Oliveira Moises N:12

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Eu e você

somos iguais
temos conciencia
 até os mesmos ideais.

Somos tal qual,
Uma escada  e seus degraus,
Uma brasa com chama,
Um oceano com naus
E,
Nada mais.

Esperamos o que?
A sorte
Ou a ânsia louca da morte?

Vilmar de Melo Xavier

Aluna Mª nº 26

Falas de Civilização, e de não Dever Ser

Falas de civilização, e de não dever ser,
Ou de não dever ser assim.
Dizes que todos sofrem, ou a maioria de todos,
Com as cousas humanas postas desta maneira.
Dizes que se fossem diferentes, sofreriam menos.
Dizes que se fossem como tu queres, seria melhor.
Escuto sem te ouvir.
Para que te quereria eu ouvir?
Ouvindo-te nada ficaria sabendo.
Se as cousas fossem diferentes, seriam diferentes: eis tudo.
Se as cousas fossem como tu queres, seriam só como tu queres.
Ai de ti e de todos que levam a vida
A querer inventar a máquina de fazer felicidade!

Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"

Heterónimo de Fernando Pessoa

Kelly Adriana n°15

Madrugada Fria


Madrugada fria,tal qual a vida,
Noite escura,obscuro
Sem lua,sem brilho,sem melodia
Falta me vida,ar
Sinto um aperto na alma
        Quero Amar...





Átila Ybañez



 (foto de andarilho que permitiu que
sua foto fosse publicada)


                                                                             Leiliane 19 Ana lucia 03



segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Cuidado pedestre pode Atravessar.




Se essa rua fosse minha eu mandava implacar
com placas dizendo:
Cuidado! Pedestre pode atravessar.
Nessa rua tem uma escola
 que te leva a um futuro,
mas essa rua sem essa placa,
 não se tornou um lugar seguro.



                                                     Rayane Ribeiro, 2º A

quinta-feira, 6 de novembro de 2014


  

Olho a natureza
Tenho nela meus dias
Minha vida em suas mãos 
Se um dia faltares             
                  Não sei o que fazer                 

Homens,olhem onde caminham
Nossas estradas são muitas 
Vamos desejar um futuro de alegria
Portanto sorria,poesia,sadia...
               
Queremos verdes campos
Queremos os rios
Queremos as matas 
Queremos amar os bichos 
Queremos ser- humanos,
Que pena,ainda não conseguimos.


Jacyr Rosa Júnior

Leiliane Lopes N°18 2°A


Esperança do Ferro




Ferrovia Madeira- Mamoré
Construção louca perdida.
Aurea aventura
Ousadia poder e construção.
Superou adversidade
Margeando beiradões
Sonhos, ideais, vendavais.
Arquétipos mitológicos
Soma cultura de seringais,
Aventureiros, remeiros,
Caboclos, garimpeiros
Pescadores,  raizeiros,
Histórias e lendas.
Reza socorro
Viajar nos trilhos.
Esperança resgate
Do caminho de ferro
Passear os sonhos
De poder sonhar.


Vilmar de Melo Xavier

Aluna:Ana Lúcia n°04 2°A

Outono está próximo

Num galope funesto
Fugiuo amor.
Cavalgou nas entranhas da noite,
Nas texturas dos dias,
Rumou horizontes além.
Sem itinerário
Trilhou veredas tortas 
Inconstantes.
Palmilhou mapas mil
Tempestades nuas
Guetos solitários
Esquivou-se em frestas desvairadas.
A buscar destino entre flagelo e mito.
As estações não são eternas
Outono sempre traz outras chuvas.

Gustavo Henrique Oliveira Moises n: 12
autor: Vilmar De Melo Xavier.

O Auto-Retrato


 No retrato que faço
-traço a traço-
ás vezes me pinto nuvem,
ás vezes me pinto árvore...

ás vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembranças
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco-
minha eterna semelhança

no final ,que restará ?
Um desenho de criança...
corrigido por um louco!


Aluna : Noemi N; 28
Série : 2 A

Mário Quintana



quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Feriado

 

Armadilhas bem  traçadas
Trincheiras adversas
estradas aguiar aroma
imprevisiveis convites
placas sem  esperanca
um dia em vermelho
gana de amor e vinculo
acordes tecendo sons
cenas ardentes de desejo
jantar à luz de vela
eu você e nós dois
um cálice com vinho:
- Brindemos!
Amanhã...
Pode o sol não sair.

Vilmar de Melo Xavier



Alunas : Adriana e Maria
número :01 ,26
2º ano A



Em mim


                 Só em minha terra encontro chão e sinto firme em cima pisar, 
                        Eu já vi que este coração não vive em outro lugar,
                         Na terra em que eu nasci, é lá que quero morrer, 
                                        Não adianta morar na cidade, 
                                             Se aqui só vivo a sofrer

                       




                                                                            Dara Rodrigues Lima 

SOSSEGA


SOSSEGA:

Sossega, coração! Não desesperes!
Talvez um dia, para além dos dias,
Encontres o que queres porque o queres.
Então, livre de falsas nostalgias,
Atingirás a perfeição de seres.

Mas pobre sonho o que só quer não tê-lo!
Pobre esperença a de existir somente!
Como quem passa a mão pelo cabelo
E em si mesmo se sente diferente,
Como faz mal ao sonho o concebê-lo!

Sossega, coração, contudo! Dorme!
O sossego não quer razão nem causa.
Quer só a noite plácida e enorme,
A grande, universal, solente pausa
Antes que tudo em tudo se transforme.

Fernando Pessoa        by: Gustavo henrique oliveira Moises 12

ᗩ ρℓαcα




Ideologia

Reflita sobre o ponto de vista
Daquilo que alguém está expondo
E
Respeite-o

Analise-o

Depois dê sua opinião

E verá

Que ninguém é o mesmo.



                                                                           ✫ Rayane Ribeiro, Ana Lúcia Pedroso,
                                                                          Sueli Ribeiro, Roseli Souza, Rosa Odete. ✫
                                                                                             ✫ 2 ano A ✫

Como uma Criança


  Como uma criança antes de a ensinarem a ser grande,
Fui verdadeiro e leal ao que vi e ouvi.

Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Kelly Adriana  n°15 2°A

Enchente




                   As chuvaradas de verão ,quase todos os anos causam inundações desastrosas .
                  Além da suspensão total do tráfego, com uma prejudicial interrupção das comunicações entre os vários pontos da cidade,essas inundações causam desastres pessoais lamentáveis, muitas perdas de haveres e destruição de imóveis.
                  De há muito que a nossa engenharia municipal se devia ter compenetrado do dever de evitar tais acidentes urbanos .
                 Não sei nada de engenharia ,mas, pelo que me dizem os entendidos , o problema não é tão difícil, de resolver como parece fazerem constar os engenheiros municipais


Vida urbana  19-1-1915

 Lima Barreto

Alunas : Noemi & Simone N: 28 & 32


































quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Retrato de Amigo


Por ti falo. E ninguém sabe. Mas eu digo
meu irmão minha amêndoa meu amigo
meu tropel de ternura minha casa
meu jardim de carência minha asa.

Por ti morro e ninguém pensa. Mas eu sigo
um caminho de nardos empestados
uma intensa e terrífica ternura
rodeado de cardos por muitíssimos lados.

Meu perfume de tudo minha essência
meu lume minha lava meu labéu
como é possível não chegar ao cume
de tão lavado céu?
Ary dos Santos, in 'Fotosgrafias' Tema(s): Amizade  Ler outros poemas de José Carlos Ary dos Santos 

Aluna: Ana Lúcia n°04

2°A







Cactus também tem flores

        Em meio ao deserto, lá está ele, forte, esverdeado,
há alguns amarelados também...
Passa o tempo e passa a tempestade, mas ele
continua mais vivo como ninguém.
Cactus tem espinhos cortantes, unidos um a um,
sua estrutura se assemelha a um boneco de braços abertos. 
Para quem busca um Oásis, o cactus é o 
bálsamo dos desertos.
Pois o Cactus tem água para saciar a sede do viajante,
Pois o Cactus tem flor, para um coração verdejante
em solos áridos de amores.
Amores que não se consolidam por temores,
Amores que não se consolidam por dissabores,
Tantos tipos de amores...
Mas o Cactus tem flores, não se esqueça!
Por mais que você se entristeça,
Lembre-se da flor de Cactus, tão bela, singela.
E na singeleza de suas formas, perto dos espinhos e perto
das areias escaldantes, lá está ela:
a flor de Cactus tão bela,
nascida em um ambiente considerado hostil, estéril,
Mas que na íntegra, pode ser étereo.
Não se esqueça de que Cactus também tem flores!



❀ Ana Lúcia Pedroso, Sueli Ribeiro e Roseli Ribeiro ❀ 
          

Primavera

  O sol vae esmolando os campos com bôdos de oiro.

A pastorinha aquecida vae de corrida a mendigar a sombra do chorão corcunda, poeta romantico que tem paixão p'la fonte.

Espreita os campos, e os campos despovoados dão-lhe licença para ficar núa. Que leves arrepios ao refrescar-se nas aguas! Depois foi de vez, meteu-se no tanque e foi espojar-se na relva, a secar-se ao sol. Mas o vento que vinha de lá das Azenhas-do-Mar, trazia pecados
consigo. Sentiu desejos de dar um beijo no filho do Senhor Morgado. E lembrou-se logo do beijo da horta no dia da feira. Fechou os olhos a cegar-se do mau pensamento, mas foi lembrar-se do
proprio Senhor Morgado á meia noite ao entrar na adega. Abanou a fronte para lhe fugir o pecado, mas foi dar comsigo na sachristia a deixar o Senhor Prior beijar-lhe a mão, e depois a testa... porque Deus é bom e perdôa tudo... e depois as faces e depois a boca e depois... fugiu... Não devia ter fugido... E agora o moleiro, lá no arraial, bailando com ella e sem querer, coitado, foi ter ao moinho ainda a bailar com ella. E lembra-se ainda - sentada na grande arca,
e mãos alheias a desapertarem-lhe as ligas e o corpête, emquanto ouve a historia triste do moinho com cincoenta malfeitores... Quer lembrar-se mais, que seja peccado! quer mais recordações do moinho, mas não encontra mais.

Ah! e o boieiro quando, a guiar a junta, topou com ella e lhe perguntou se vira por acaso uma borboleta branca a voar a muito, uma borboleta muito bonita! Que não, que não tinha visto; mas o boieiro desconfiado foi procurando sempre, e até mesmo por debaixo dos vestidos.

Como desejava poder ir com todos!

Não sabe o que sente dentro de si que a importuna de bem estar.

Teria a borbolêta branca fugido para dentro d'ella?

Almada Negreiros, in 'Frisos - Revista Orpheu nº1'
Tema(s): Campo  Ler outros poemas de José Sobral de Almada Negreiros 
aluna Michelle silva

Sejamos Alegres

Denuncio nossa fraqueza, denuncio o horror alucinante de morrer — e respondo a toda essa infâmia com — exatamente isto que vai agora ficar escrito — e respondo a toda essa infâmia com a alegria. Puríssima e levíssima alegria. A minha única salvação é a alegria. Uma alegria atonal dentro do it essencial. Não faz sentido? Pois tem que fazer. Porque é cruel demais saber que a vida é única e que não temos como garantia senão a fé em trevas — porque é cruel demais, então respondo com a pureza de uma alegria indomável. Recuso-me a ficar triste. Sejamos alegres. Quem não tiver medo de ficar alegre e experimentar uma só vez sequer a alegria doida e profunda terá o melhor de nossa verdade. Eu estou — apesar de tudo oh apesar de tudo — estou sendo alegre neste instante-já que passa se eu não fixá-lo com palavras. Estou sendo alegre neste mesmo instante porque me recuso a ser vencida: então eu amo. Como resposta. Amor impessoal, amor it, é alegria: mesmo o amor que não dá certo, mesmo o amor que termina. E a minha própria morte e a dos que amamos tem que ser alegre, não sei ainda como, mas tem que ser. Viver é isto: a alegria do it. E conformar-me não como vencida mas num allegro com brio.

Clarice Lispector, in 'Água Viva'


alunas michelle e leiliane n 27 e 19

Cuide Bem da Natureza

     



Hoje acordei cedo, contemplei mais uma vez a natureza.
A chuva fina chegava de mansinho.
O encanto e aroma matinal traziam um ar de reflexão. 
Enquanto isso, o meio ambiente pedia socorro.
Era o homem construindo e destruindo a sua casa. 
Poluição, fome e desperdício deixam o mundo frágil e degradado. 
Dias mais quentes aquecem o “planeta água”. 
Tenha um instante com a paz e a harmonia. 
Reflita e preserve para uma consciência coletiva. 
Ainda há tempo, cuide bem da natureza. 
     (Gleidson Melo)
   

                                                                                                           ღ Rayane Ribeiro ღ

O Dever Para Nós Próprios


Influenciar uma pessoa é dar-lhe a nossa própria alma. 
O indivíduo deixa de pensar com os seus próprios pensamentos ou de arder com as suas próprias paixões. 
As suas virtudes não lhe são naturais. 
Os seus pecados, se é que existe tal coisa, são tomados de empréstimo. 
Torna-se o eco de uma música alheia, o ator de um papel que não foi escrito para ele. 
O objectivo da vida é o desenvolvimento próprio, a total percepção da própria natureza, é para isso que cada um de nós vem ao mundo. 
Hoje em dia as pessoas têm medo de si próprias. Esqueceram o maior de todos os deveres, o dever para consigo mesmos. 
É verdade que são caridosas. Alimentam os esfomeados e vestem os pobres. Mas as suas próprias almas morrem de fome e estão nuas. 
A coragem desapareceu da nossa raça e se calhar nunca a tivemos realmente.
 O temor à sociedade, que é a base da moal, e o temor a Deus, que é o segredo da religião, são as duas coisas que nos governam.


Oscar Wilde, in "O Retrato de Dorian Gray"

✩ Leiliane Lopes ✩

Eu

EuEu sou a que no mundo anda perdida, 
Eu sou a que na vida não tem norte, 
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte 
Sou a crucificada ... a dolorida ... 

Sombra de névoa ténue e esvaecida, 
E que o destino amargo, triste e forte, 
Impele brutalmente para a morte! 
Alma de luto sempre incompreendida! ... 

Sou aquela que passa e ninguém vê ... 
Sou a que chamam triste sem o ser ... 
Sou a que chora sem saber porquê ... 

Sou talvez a visão que Alguém sonhou, 
Alguém que veio ao mundo pra me ver 
E que nunca na vida me encontrou! 

Florbela Espanca, in "Livro de Mágoas"

Uma Bela Paisagem




Atravessa Esta Paisagem o Meu Sonho

Atravessa esta paisagem o meu sonho dum porto infinito
E a cor das flores é transparente de as velas de grandes navios
Que largam do cais arrastando nas águas por sombra
Os vultos ao sol daquelas árvores antigas...

O porto que sonho é sombrio e pálido
E esta paisagem é cheia de sol deste lado...
Mas no meu espírito o sol deste dia é porto sombrio
E os navios que saem do porto são estas árvores ao sol...

Liberto em duplo, abandonei-me da paisagem abaixo...
O vulto do cais é a estrada nítida e calma
Que se levanta e se ergue como um muro,
E os navios passam por dentro dos troncos das árvores
Com uma horizontalidade vertical,
E deixam cair amarras na água pelas folhas uma a uma dentro...

Não sei quem me sonho...
Súbito toda a água do mar do porto é transparente
E vejo no fundo, como uma estampa enorme que lá estivesse
   desdobrada,
Esta paisagem toda, renque de árvore, estrada a arder em aquele
   porto,
E a sombra duma nau mais antiga que o porto que passa
Entre o meu sonho do porto e o meu ver esta paisagem
E chega ao pé de mim, e entra por mim dentro,
E passa para o outro lado da minha alma...

Fernando Pessoa, in 'Cancioneiro'



Alunas: Noemi & Simone N: 28 & 32 Série: 2 A






















Belas Flores



   Primavera 

Ah! quem nos dera que isto, como outrora,
Inda nos comovesse! Ah! quem nos dera
Que inda juntos pudéssemos agora
Ver o desabrochar da primavera!

Saíamos com os pássaros e a aurora.
E, no chão, sobre os troncos cheios de hera,
Sentavas-te sorrindo, de hora em hora:
"Beijemo-nos! amemo-nos! espera!"

E esse corpo de rosa recendia,
E aos meus beijos de fogo palpitava,
Alquebrado de amor e de cansaço.
UMa Primavera
A alma da terra gorjeava e ria...
Nascia a primavera... E eu te levava,
Primavera de carne, pelo braço!

Olavo Bilac, in "Poesias"


Alunas: Noemi & Simone N 28 &  32 Série: 2 A


















quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Para não Deixar de Amar-te Nunca

Saberás que não te amo e que te amo
pois que de dois modos é a vida,
a palavra é uma asa do silêncio,
o fogo tem a sua metade de frio.

Amo-te para começar a amar-te,
para recomeçar o infinito
e para não deixar de amar-te nunca:
por isso não te amo ainda.

Amo-te e não te amo como se tivesse
nas minhas mãos a chave da felicidade
e um incerto destino infeliz.

O meu amor tem duas vidas para amar-te.
Por isso te amo quando não te amo
e por isso te amo quando te amo.

Pablo Neruda, in "Cem Sonetos de Amor"


' aluna: ADRIANA MACHADO   N: O1  SÉRIE: 2 ANO A

Ante a Paisagem





Eu fujo da Paisagem. Tenho medo.
Os pinheirais são em marfim bordados.
Sou paisagem-cetim num olhar quedo,
Oiro louco sonhando cortinados.

Fujo de mim porque já sou Paisagem.
Procura-me Satã no meu chorar...
Seus passos, o ruído da folhagem.
Cimos de lírios velhos de luar.

As tuas mãos fechadas e desertas,
Janelas pra o jardim, jamais abertas,
Fiam de mármore um correr de rios...

E os teus olhos cansados de saudades.
Eunucos possuindo divindades...
Hora-luar a de teus olhos frios...

Alfredo Guisado, in 'Elogio da Paisagem'


Aluna Maria nº 26 2º A

Alegria

Já ouço gritos ao longe
Já diz a voz do amor
A alegria do corpo
O esquecimento da dor

Já os ventos recolheram
Já o verão se nos oferece
Quantos frutos quantas fontes
Mais o sol que nos aquece

Já colho jasmins e nardos
Já tenho colares de rosas
E danço no meio da estrada
As danças prodigiosas

Já os sorrisos se dão
Já se dão as voltas todas
Ó certeza das certezas
Ó alegria das bodas

José Saramago, in "Provavelmente Alegria"

Rosilei Oliveira     n; 31

Não Posso Adiar o Amor


 Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas

Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio

Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o rneu amor
nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

António Ramos Rosa, in "Viagem Através de uma Nebulosa"



 ''Gustavo henrique oliveira moises n 12  2 ano

Tu, Vã Filosofia


 Tu, vã Filosofia, embora aviltes
Os crentes nas visões do pensamento,
Turvo clarão de raciocínios tristes
Por entre sombras nos conduz, e a mente,
Rastejando a verdade, a desencanta;
Nem doloroso espírito se ilude,
Se o que, dormindo, creu, crê, despertando.
Até no afortunado a vida é sonho
(Sonho, que lá no fim se verifica),
E ansioso pesadelo em mim, que a choro,
Em mim, que provo o fel da desventura,
Desde que levantei, que abri, carpindo,
Os olhos infantis à luz primeira;
Em mim, que fui, que sou de Amor o escravo,
E a vítima serei, e o desengano
Da suprema paixão, por ti cantada
Em versos imortais, como o princípio
Etéreo, criador, de que emanaram. 




Bocage, in 'Ao Senhor Joaquim Severino Ferraz de Campos (Epístola - excerto)'
Tema(s): Filosofia  Ler outros poemas de Manuel Maria Barbosa du Bocage 

Aluna: kelly Adriana n°15 2° A

domingo, 28 de setembro de 2014

Filosofia da Arte - o feio e o belo, arte e cultura, beleza subjetiva e universal

Teorias da beleza


1ª parte: Vamos ler e discutir os três textos a seguir:



- O Belo e o Feio

Atividade:
- Os alunos utilizando seus celulares (dispositivos móvel) vão fazer fotos do que achar belo; trazer na próxima aula, postar aqui no blog relacionando com uma poesia do site http://www.citador.pt/poemas/temas




2ª parte - Fazer a leitura do texto -  Relação entre ética e estética a partir da fotografia.

Disponível: Aqui
Atividade:
- Pedir aos alunos para fazerem fotos sociais de nossa cidade e trazer na próxima aula para postar no blog com acompanhamento de uma poesia que escolher na biblioteca de nossa escola.

3ª parte - Escolher uma de suas fotos para concorrer no final da atividade ao prêmio de 'Melhor Foto'. A fotografia deve ser tirada de um celular e deve estar acompanhada de um texto de autoria do aluno.
- Na primeira seleção serão selecionadas seis fotografias;
- Na final, um júri de convidados, selecionarão as três fotografias vencedoras.



sábado, 27 de setembro de 2014

Filosofia em fotos

1. Leitura
Fotografia e Filosofia: Luz, câmera, reflexão!

2. Slides:


3. Vamos conhecer o blog: filosofiaefotografia ?

4. Veja mais....
- Filosofia da Fotografia
https://www.flickr.com/photos/olharsobreomundo/

http://arquiliteral.blogspot.com.br/

http://mariadario.wordpress.com/2013/11/23/filosofia-da-arte-fotografia-urbana-tuca-vieira/

http://cyberdemocracia.blogspot.com.br/2009/06/filosofia-da-fotografia.html